EstuproViolência contra mulher

Uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no Brasil

por Kellen Soares

Ao considerar apenas as denúncias oficiais, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no país. Estes dados, contudo, devem ser ainda maior, quando se sabe que diversos casos não são registrados. Esse número alarmante faz com que 85% das mulheres brasileiras declarem uma constante insegurança, pois acreditam que podem ser violentadas sexualmente a qualquer momento.

+ Eu não mereci ser estuprada

No estado de Rondônia, os casos de violência sexual são alarmantes. De acordo com Fórum Brasileiro de Segurança Pública, para cada 100 mil habitantes existe 49 registros mulheres estupradas no estado. Em Vilhena, no ano de 2016, este número foi maior, com 59 denúncias.

Os números registrados mascaram um problema maior. Muitas das violências sofridas pelas mulheres não chegam a ser oficializadas. Em caso de estupro, essas ausências de registros são consideradas como “estupro invisível”, quando a vítima não tem coragem de denunciar.

O estupro, contudo, é apenas um dos tipos de violência que as mulheres sofrem. Em 2016, 503 mulheres a cada hora foram vítimas de agressão física no país. No total, 12 milhões sofreram ofensa verbal, 1,4 milhões sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 257 mil levaram um tiro.

Essas estatísticas alarmantes advêm dos dados das Secretarias de Segurança Pública de todo o país, reunidas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo as informações, essas violências não são seletivas e atingem as mulheres de todas as classes e etnias.

APOIO À MULHER

O Centro de Atendimento à Mulher (CAM) promove a interrupção do ciclo da violência contra a mulher em todos os casos, através de atendimento psicossocial e jurídico com procedimentos em grupo ou individualmente.

Segundo psicóloga Edna Wobeto, a Lei Maria da Penha, oficialmente Lei nº 11.340, promulgada em 2006 para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, contribuiu também para proteção da mulher. Segundo Wobeto, a vítima pode receber medida protetiva para impedir o agressor de se aproximar dela.

A psicóloga, realiza atendimentos voltados às mulheres no CAM desde 2005, comentou sobre como a mulher sofre diversos tipos de violência durante toda a vida e como o estupro em algumas ocasiões não é sequer identificado. Confira a entrevista em vídeo, na qual Wobeto esclarece ainda como as políticas públicas são essenciais para auxiliar as vítimas, além de coibir e evitar a violência sexual.

COMO DENUNCIAR

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
Avenida Paraná, 2141 – Bairro Boa Esperança
(69) 3322-5851

Centro de Atendimento à Mulher
Avenida Carmelita dos Anjos, 6405 – Alto Alegre
(69) 3322-6486

Telefone gratuito e anônimo: 180

Morcegada

Site jornalístico supervisionado pelo professor e jornalista Allysson Viana Martins, vinculado ao Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

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